domingo, junho 04, 2006

URGE PÔR UM PONTO FINAL NA OPÇÃO ABSURDA DA OTA

No passado dia 31 de Maio ficou concluído o novo ciclo de Sessões (a 1ª das quais feita em colaboração com o CESUR/IST) que a ADFER dedicou à controversa opção da OTA. Este ciclo demonstrou à saciedade a força e a dimensão da argumentação contra a opção da Ota e a total vulnerabilidade das raras teses favoráveis a tal opção.

Particularmente frouxa foi a teoria do principal mentor da Ota, João Cravinho, tal como a do seu intrépido seguidor, Oliveira Martins, que, por razões que a razão desconhece, há muito deixou de saber honrar o bom trabalho que realizou nas suas duas passagens pelo Governo, antes e depois do 25 de Abril. Um dos oradores, Dirigente do INAC, Eng. Luís Coimbra, e homem do Sistema por excelência, historiou… e disse NIM, em contradição natural com o que noutros momentos defendeu, como noutro local deste blog se ilustra.

Os restantes nove Oradores foram firmes e convincentes na contestação inexorável da Ota. Das exposições feitas por Costa Lobo, José Manuel Viegas, Fernando Nunes da Silva, António Brotas, Paulino Pereira, Reis Borges, Lima Bastos, Mendes Dias e Arménio Matias pode concluir-se:

  • A escolha da localização do Novo Aeroporto (NAL) só pode ser feita numa perspectiva integrada de todo o Sistema de transportes;
  • Só é credível uma análise criteriosa que aprecie todo o território da região de Lisboa, com todos os elementos que hoje o caracterizam, na qual assente a opção a fazer para a Localização do NAL;
  • A incúria do Ministério da tutela e das Administrações da ANA deixaram, ao longo dos anos, ir mutilando o espaço físico, territorial e de navegação, do Aeroporto da Portela, tornado cada dia mais condicionado;
  • Portugal precisa de planear, com urgência, um novo Aeroporto para a região de Lisboa, capaz de responder às necessidades futuras do País e de responder à nossa missão euro atlântica, susceptível de expansão futura;
  • Devido ao lamentável atraso em que nos encontramos e ao enorme espaço disponível na margem esquerda do Tejo, bem próximo de Lisboa, Portugal dispõe de condições ímpares para projectar e executar um sistema integrado, quase perfeito, nesta região: com a estação central da alta velocidade articulada com todo o sistema urbano e suburbano de passageiros, por sua vez ligada pela nova rede de alta velocidade ao NAL e à Plataforma Logística, situados no Nó ferroviário da nova rede;
  • A opinião dos oradores foi unânime quanto à inevitabilidade da opção ser por uma localização do NAL na margem esquerda do Tejo, havendo quem falasse na hipótese do Poçeirão, situado a cerca de 45 km de Lisboa, havendo quem defendesse a sua localização no Campo de Tiro de Alcochete, uma estrutura militar que será sempre desactivada, qualquer que seja a localização do NAL, desde que na margem esquerda, que tem 7500 ha, propriedade do Estado e estão a cerca de 23 km de Lisboa.

A necessidade de uma intervenção rápida do Presidente da República, da Assembleia da República e do Primeiro-ministro torna-se assim imperiosa para que o País não continue a desbaratar recursos em vão e a preparar tão deficientemente o Futuro.